TdH promove oficina sobre o racismo estrutural na sociedade brasileira para elaboração de política institucional

Sabe-se que, em um mundo onde o preconceito ainda permeia nossas estruturas mais fundamentais, é essencial que ergam-se vozes contra o flagelo do racismo estrutural.
Sabe-se que, em um mundo onde o preconceito ainda permeia nossas estruturas mais fundamentais, é essencial que ergam-se vozes contra o flagelo do racismo estrutural. (FOTO: TdH)


O Instituto Terre des Hommes Brasil (TdH) promoveu, na Escola de Ensino Fundamental e Médio Helenita Mota, em Fortaleza, uma oficina sobre racismo estrutural na sociedade brasileira.

Com a participação de cerca de 20 pessoas que integram a instituição, o objetivo principal da capacitação foi oferecer subsídios para elaboração da política institucional sobre igualdade racial de TdH. A capacitação foi ministrada pelo educador social Jonas de Jesus e pelo psicólogo Adjanilson Santos.

A primeira discussão sobre a formação foi exatamente sobre o tema em si.

“Nessa perspectiva, a equipe que preparou a atividade, incluindo os facilitadores, concluíram que era necessário um debate anterior à este tema, pois o racismo se manifesta na sociedade, e não somente na brasileira, mas numa esfera estrutural de manutenção do sistema capitalista, bem como a manutenção de certos privilégios dos grupos hegemônicos racializados e que detém o poder. Portanto, a contra proposta para início desse processo formativo foi conhecer como se formulou o racismo estrutural e, tendo como referência a sociedade brasileira, com base de discussão do livro Racismo Estrutural, do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida”, explicam os facilitadores.

Entre os principais exemplos de expressões de racismo estrutural que foram discutidos durante a oficina estiveram:

– O Racismo Individual, que está todo dia na sociedade, e que está nas relações entre os indivíduos, esse tipo de racismo tem sido muito exposto e gerado inclusive crimes;

– O Racismo Religioso, que é sofrido principalmente pelas religiões de matriz africana, como o Candomblé, a Umbanda, o Tambor de Mina, o Tambor de Crioula, e as religiões indígenas ou afro-indígenas como a Pajelança e o Omoloko.

– O Racismo Ambiental, caracteriza-se pela utilização de espaços sociabilizados por população massivamente autodeclarada negra e que recebe os dejetos de lixo da sociedade, como por exemplo os lixões encontrados nas periferias das cidades. Mas também pode ser caracterizado pelo abandono, do poder público, por solucionar problemas ambientais dessas áreas, como as questões dos canais de esgotos, que atravessam bairros e cidades.

– O Racismo institucional, que está dentro das estruturas governamentais e não governamentais.

Sabe-se que, em um mundo onde o preconceito ainda permeia nossas estruturas mais fundamentais, é essencial que ergam-se vozes contra o flagelo do racismo estrutural. Assim, como parte do trabalho de TdH por  justiça e igualdade, discutir o racismo estrutural não é apenas uma opção, mas uma obrigação moral.

“Terre Des Hommes tem um trabalho bastante reconhecido no âmbito dos direitos humanos. Por isso, a instituição acredita nos processos de educação da sociedade, através de seus projetos com crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. Realiza ações também em escolas públicas justamente discutindo temas relevantes e que estão no dia a dia das comunidades que atua. Por isso os processos formativos é uma estratégia fundamental que a TDH utiliza como tecnologia de intervenção da sociedade”, comentam Jonas de Jesus e Adjanilson Santos.

Ao promover discussões para amplificar suas experiências e lutar ao lado deles por uma mudança real, ainda que dentro do ambiente da instituição na elaboração da política institucional, TdH vira catalisador para uma revolução de pensamento e ação.

Assim, a partir da oficina, o que já se pode esperar de TdH para incentivar a conscientização e

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