Quando falamos de jovens que são agentes de mudança, o caminho que os leva de ouvintes a facilitadores é repleto de inspiração e determinação. Mário França é desses exemplos. Ele compartilhou sua jornada como participante de projetos de desenvolvidos pelo Instituto Terre des Hommes Brasil (TdH) para se tornar um facilitador dos Círculos de Paz. Sua história é testemunho vivo de como o engajamento pode moldar vidas e criar um impacto duradouro.
Foi por meio de sua participação em projetos, como o ”Mucuripe da Paz”, que França teve a oportunidade de ser um ouvinte atento. Ele conta que, ao presenciar a disseminação de conhecimento e informações por TdH, se apaixonou pelos temas discutidos e, especialmente, pelos seus direitos. Esse interesse culminou em uma paixão pelo protagonismo juvenil.
“Foi através dos momentos em que eu era apenas um ouvinte, presenciei conteúdos e informativos, difundidos pelos meus demais colegas de projeto, que me interessei sobre os temas, e além disso, sobre os meus Direitos. Foi pós toda aprendizagem sobre o tema e o projeto, que decidi me dedicar exclusivamente para o meu aperfeiçoamento e capacitação”, comenta o jovem.
Ao longo de sua jornada, Mário acumulou valiosas habilidades e lições que agora está determinado a compartilhar com outros jovens. Ele destaca que sua perspectiva sobre o mundo e a importância dos direitos humanos se tornaram mais nítidas, tornando-o mais ciente das violações dos direitos, particularmente entre crianças e adolescentes. Os projetos o tornaram mais compassivo e imparcial em sua abordagem.
“Acredito eu, que hoje tenho um olhar mais nítido e notório sobre o mundo atual, e sobre a situação daqueles que não têm acesso comum aos seus direitos. Quando se é imposto uma barragem ao conhecimento, se é barrado o saber humano. Hoje o meu olhar é mais humano, não romantizado, mas sim humano em enxergar o quão é visível a violação de direitos, em especial de crianças e adolescentes. A Justiça Restaurativa, os Círculos de paz, e as Mediações conflitos me fizeram ser mais expansivo à imparcialidade”, explica.
Durante a jornada de passagem de ouvinte dos projetos para tornar-se responsável por transformar a vida de outros jovens, Mário França explica que um dos desafios foi, justamente, é ter que entender que não seria mais beneficiado e sim um guia para beneficiar outros.
“É um papel muito importante ser mais um protagonista de conhecimento, é isso que pontuo muito, em sala de aula, no trabalho, em casa e na vida. Ter todo o aprendizado que tive com TdH Brasil, me faz ir além do que posso ir. O maior desafio é fazer com que outras pessoas vejam que a metodologia apresentada não é simples fator não importante, mas sim de suma responsabilidade social”, complementa.
Por fim, ela acredita que seu papel como facilitador tem um impacto positivo na vida dos participantes atuais do programa. Mário vê seu papel como algo simples que todos podem exercer. Ele compartilha seus saberes e aprendizados com seus colegas, acreditando que o conhecimento compartilhado se torna imortal quando colocado em prática.
“A gratificação me transparece quando vejo que a execução desse conhecimento é realizada por aqueles que não tinham esse conhecimento”, finaliza.
