Intercâmbio permite novas vivências e troca de conhecimentos entre jovens da Capital e do Interior do Ceará

Durante o período em Limoeiro do Norte, o intercâmbio permitiu ainda que jovens de Fortaleza saíssem, inclusive de um lugar de conforto, em que tiveram acesso a diferentes modos de vida e visões particulares (FOTO: TdH)

Acessar novos locais para permitir-se o enriquecimento cultural e social. Uma verdadeira viagem para um ambiente onde seja possível uma troca generosa. Assim pode ser definido o intercâmbio realizado entre Instituto Terre des Hommes (TdH) e jovens da Associação Unidos Para o Progresso, da comunidade Sítio Espinho, em Limoeiro do Norte, no interior do Ceará, entre os dias 15 e 17 de setembro deste ano.

Com o objetivo de trocar experiências de protagonismo juvenil com outros adolescentes e jovens que atuem com a temática do abuso sexual, ampliando experiências pessoais, foram realizadas atividades que envolveram apresentações culturais, palestras, atividades esportivas, reiki, meditação entre outros.

Além disso, foi possível participar ainda do lançamento do projeto Pacto, que tem apoio da ChildFund e que visa trabalhar o protagonismo dos jovens.

”Então, além de ter sido um intercâmbio de troca de experiência de projetos, por meio dos jovens, a gente pode aprender um pouquinho com as pessoas mais experientes da comunidade, que abriram as portas das casas delas para apresentar conhecimentos históricos e culturais”, comenta a assessora técnica de TdH, Evelyne Lima.

Ouvir hsitórias de pessoas com mais experiência da comunidade permitiu o enriquecimento cultural (FOTO: TdH)

Durante o período em Limoeiro do Norte, o intercâmbio permitiu ainda que os (as) jovens de Fortaleza, tendo sido 13 participante do grupo Égide, saíssem, inclusive de um lugar de conforto, em que tiveram acesso a diferentes modos de vida e visões particulares, ainda que dentro de temáticas já abordadas em TdH.

“Quando a gente sai da nossa cidade, nossa comunidade e vai para outro local,  a gente sempre incentiva que os grupos, que os participantes que vão, se coloquem muito abertos para conhecer as pessoas que vivem de forma diferente, que têm culturas diferentes, que, às vezes, usam até palavras e nomes para coisas que a gente costuma chamar de outra forma. Então a gente sempre trabalha com isso para que eles fiquem mais abertos”, comenta Lima.

Ainda com os jovens do Grupo G-UNI, um dos destaques foi a prática do Círculo de Construção de paz, porque, embora parecida com uma roda de conversa, há elementos específicos do Círculos que favorecem a conexão entre as pessoas. Nesse caso, com a temática “Acolhimento”, os participantes puderam compartilhar suas histórias sobre se sentir acolhido e acolher as outras pessoas.

“Ele (o Círculo) chamou bastante atenção do pessoal que estava lá, que também agradeceu pela pelas contações de histórias uns dos outros. Então acho que foi o auge desse compartilhamento de experiência. Foi possível apresentar uma metodologia que os outros jovens não conheciam ainda”, explica a assessora de TdH.

Aprendizado

Essa viagem – não somente no sentido de deslocamento –  permite saber ainda que jovens de outros espaços, considerando aquelas fora da Capital – anseiam por algo comum, como direito à participação, a busca para ser ouvido. Afinal, eles e elas  carregam em si seus conhecimentos e experiências muito próprias e que precisam apenas de um incentivo para o compartilhamento.

“Eles (Associação Unidos Para o Progresso) possuem atividades integrativas complementares em saúde que a gente não tem aqui, por exemplo. Então, os meninos vivenciarem isso, né? Uma forma de olhar pra si, de autoconhecimento, de autocuidado que a gente não conhecia aqui. Quando a gente leva os Círculos que eles também não conheciam lá, a troca é muito potente e o impacto fica aí nesse âmbito das percepções mesmo de vida, de cultura, de mundo que vão vão se diferenciando, vão se ampliando quando a gente visita outros lugares”, finaliza Evelyne.

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